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Arthur Amaral é acadêmico de jornalismo, fotografo e dedica boa parte do seu tempo com o estudo de religiões. Apaixonado por todas as formas de expressões artísticas e cultural. Adora as tardes de sol com vento, cerveja e samba.

domingo, 15 de dezembro de 2013

O dia sempre acaba…

O dia sempre acaba. Logo as sombras vão ficando compridas, o sono vem chegando. O amanhã bate na porta. Novos erros, outro café, mais um cigarro. Por mais que você não queira, o dia termina. Amanhã serei feliz? Errarei como tenho feito nesses 21 anos? Vou continuar a fazer perguntas bestas? Antes de dormir sua cabeça começa a rodar, mas rápido que o ventilador a fazer barulho em seu quarto. Em breve o sol vai cruzar a janela, antes que você possa ter o primeiro pensamento, nota que está atrasado. É na correria da vida que a poesia se perde, desritma-se, desiste. Você esquece que é impar, onipotente, carne, ferida, dor. O amanhã não vai fazer cerimonia em bater a sua porta e entrar na sua casa. Para arrumar a sala e recebê-lo, você precisa ser feliz hoje.

sábado, 30 de novembro de 2013

Bar do Parque, quanta saudade invade o espaço interior..

Gostaria que fosse rotina, sentar-me ali durante o sol escaldante de Belém do Grão Pará, nem que fosse por poucos minutos, ir ao Bar do Parque todos os dias faria de mim um sujeito mais feliz. A sombra das mangueiras, que diminuem a sensação térmica enquanto o sol brilha intensamente, o vento agradável no meio da cidade, os vendedores de artesanato que quase sempre convido para tomar um copo de cerveja comigo, as histórias que me fazem viajar sem sair daquela desconfortável cadeira. É Loyola Brandão, Belém convida a se abandonar¹ – facilmente esqueço dos perigos, entro em um estado de espírito novo, como se estivesse vendo a cidade pela primeira vez –, tenho a minha mesa favorita no bar, sem motivo, fico chateado quando a mesma não está disponível, mas isso não me impede de parar e tomar uma cerveja quente ali.

Porra maluco, vamô dar uma força no meu trabalho!? – É raro não ser incomodado por vendedores e pedintes, alguns educados e outros nem tanto, o que me faz bem ali é conversar com pessoas que nunca mais verei novamente. Sento ali e o tédio rapidamente some, sinto-me com vida enquanto pessoas mortas circulam em seu carro. Foi ali que conversei com uma moça chorosa, que esperava por alguém. Li as cartas para um casal em troca de companhia. Dei um beijo inesquecível em Tayanne. Gastei dinheiro comprando artesanatos de um hippie e o mesmo usou o dinheiro para pagar cervejas enquanto conversava comigo.

Aquela arquitetura art nouveau me faz crer que a boêmia está ali, no Bar do Parque, a casa eterna de Ruy Barata, como eu gostaria de viver ali no tempo do poeta, assim como ele não cantar Copacabana².

Sempre que posso estou ali, na mesma cadeira, por horas, na expectativa de que a qualquer momento vou conhecer alguém, conversar, ler tarot, fazer uma caricatura, quem sabe, criar uma grande amizade. Caso encontre-me por ali se achegue sem fuleiragem, lhe pago uma cerveja, como já fiz para tantos outros.

¹ Referencia a Crônica Quase Concreta de Ignácio de Loyola Brandão
² Referencia a Tronco Submerso de Paulo André e Rui Barata

terça-feira, 26 de novembro de 2013

O fim do cigarro com sabor - ou: Fumo Hollywood para o meu sucesso..

Coff.. Coff.. 
A mais.. Coff.. Coff.. 
A mais ou menos.. Coff.. Coff..

A mais ou menos sete anos eu coloquei o meu primeiro cigarro na boca, um Hollywood Menthol, recordo-me bem, era setembro de dois mil e cinco. Estava um amigo, sua namorada e eu as margens do rio capim. Muito tempo passou. Não comecei a fumar por conta do gosto do cigarro, entretanto, se meu primeiro cigarro não tivesse sido tragado naquele dia, ocorreria futuramente, com um cigarro de sabor ou não.

Chega a ser embaraçoso pensar que em 2006 eu tinha um acesso muito fácil ao cigarro. Com 14 anos eu podia comprar um cigarro na padaria, ascender e sair pela rua fumando. Sem importa-me com nada. Não havia nem um ano de fumante quando troquei o Hollywood Menthol pelo Hollywood Original. Inspirado pelo filme Cazuza - O Tempo não Para (esse ano cheguei a fumar um cigarro com o ator Daniel de Oliveira durante uma pausa das filmagens de Órfãos do Eldorado) que me levou a a ver os cigarros de filtro vermelho como um status de rebeldia, poder e intelectualidade.

Mesmo assim digo; não comecei a fumar por influencia alheia. Acho que o adquiri o hábito de fumar por características pessoais, desde novo viciado em café, cresci em um ambiente onde o fumo era normal, mãe fumante, tias fumantes e afins. Não os culpo pelo meu vicio, não culpo o amigo o qual me emprestou o primeiro cigarro, nem as propagandas.

Não vim do tempo em que fumar era chique, as propagandas já haviam sido proibidas, as carteiras já vinham dizendo que fumar é prejudicial à saúde e a venda era proibida a menores de dezoito anos. As barreiras como imagens agressivas de advertência e afins não impediram com que eu e muitos jovens virassem fumantes, e não é a proibição dos cigarros com sabor que vai freiar a nova geração.

domingo, 13 de outubro de 2013

Sobre fotografia, amor e vida

Algumas vezes adquirimos novos hábitos, de uma forma inexplicavelmente ilógica eles mudam coisas que fazíamos ritualisticamente. Um exemplo disso em minha vida foi quando eu me apaixonei por fotografia, até então eu dedicava meu tempo, dinheiro e estudo ao role-playing game. Porém, desde que aderi a fotografia em minha vida, eu não me recordo de ter comprado algum livro ou revista de rpg.

Fui dominado por um desejo quase febril de conhecer mais sobre a fotografia, três anos atrás, diante a primeira Câmera DSLR que vi na minha vida. Naquele momento, o ralo conceito que minha pequena mente tinha sobre artes parecia expandir-se, como uma supernova, me levando a crer que diante dos meus olhos estava a ferramenta que faria com que eu pudesse desenvolver minha identidade criativa.

Após aquele dia quente, a única certeza que ficou cravada em minha mente era; eu vou ser fotografo. Palavras que eu repetia como um mantra, afinal uma DSLR é um brinquedo caro, poucos são os pais que a dariam a um rapaz com seus 18 anos recém completados, precisava em minha mente sonhadora auto-afirmar esse sonho, para que não morre-se como os outros.

Parecia distante, eu seguia um caminho diferente aquele que sonhara. Estudava para seguir vida acadêmica, mas tudo o que eu queria era fotografar. Após um ano, no mês de março de 2011 ganhei minha primeira câmera fotográfica. Uma ultra zoom de 14mp, ISO variante entre 80 a 3200 e zoom óptico de 15x. Tivemos bons momentos juntos.

Suscita a lembrança de um quadrinho que li no inicio dos anos 2000, uma frase no fim da história que alegava "alguns sonhos morrem mas devagar que outros, mas o tempo acaba com todos eles". A conclusão da historia ilustrada que adquiri em minha infância perseguia a minha mente agora, deu mais força para que eu fosse capaz de ancorar minha auto-afirmação.

Diante da primeira DSLR que vi, nunca imaginei os diabos que iria passar. O amor que puderá conhecer. Os amigos. Que iria ver a cidade diante de um novo olhar. Ainda não cheguei onde eu quero, mas naquele dia, diante a primeira dslr que vi, tracei um novo ponto de partida.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Lula, o Jesus Cristo de nove dedos!

Nada contra o molusco da classe dos cefalópodes que já presidiu o país, mas após algumas discussões etílicas e acadêmicas afirmei o que todo mundo já sabia; Luiz Inácio Lula da Silva e Yeshua ben Yoseph tiveram uma trajetória parecida, e é impossível falar de algum dos dois sem causar uma briga.

Antes que atirem a primeira pedra em minha pessoa, eu vou terceirizar a culpa dessa postagem para o próprio Luiz Inácio, que já fez o favor de comparar-se a Yeshua em dois mil e oito. (Lula se compara a Jesus Cristo e diz que sofreu preconceito na sua trajetória política)

Já que a comparação foi feita outrora por nosso ex presidente, separo alguns fatos que o aproxima mais ainda do Jovem Galileu:

Lula e o milagre dos pães.


De acordo com os evangelhos, o Homem de Nazaré multiplicou pão e peixes para alimentar cinco mil pessoas, nem mais, nem menos. O Homem do ABC Paulista criou o fracassado Fome Zero para alimentar uma nação.

Lula e os enfermos.


Existem relatos bíblicos ooh, nossa, grande coisa que o Jovem Galileu curou pessoas, mas existem provas de que o SAMU 192 foi implantado no governo do Velho Paulista, assim como Unidades de Pronto Atendimento, Farmácias Populares e o Brasil Sorridente, para termos um belo sorriso acerca de nossas desgraças.

Lula traído.


Segundo a biblia, Yeshua foi traído por Judas e em seguida foi preso. Luiz Inácio foi traido por vinte e cinco pessoas, ou até mais (vide lista de réus do mensalão), e assim como o Jesus, Lula perdoou seus traidores.

Lula livre da cruz.


Apesar de uma trajetória "digna" de um messias, o mollusco não foi crucificado. E assim como o trintão da Galileia, Luiz Inácio tem uma mão cheia de seguidores alienados capazes de dar a vida para advogá-los em faculdades ou mesas de bar. Não os sigo e não recomendo. Tem muita coisa melhor para fazer na vida, como jogar Tetris, ou passar horas ouvindo musicas démodé com sua namorada.

Religião e politica devem ser discutidas, difundidas e refutadas, mas com pessoas que aceitem essas ideias, tentar expor seu ponto de vista para pessoas alienadas é a mesma coisa que discutir com um poste de luz. Aliás, se o PT candidatar o poste a presidência, não duvido que o mesmo seja eleito.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Um músico que gosta de fotografar..


Nascido em 1995, o músico e compositor Yan Santos, artisticamente conhecido como Yan Belém juntou a sua paixão por musica com a paixão por fotografia. Começou a fotografar shows, embora relutante em aplicar a si mesmo o título de fotografo. O paraense é alvo de elogios no ramo da fotografia analógica, um meio que achou de expressar seu amor pela capital do estado. Yan retrata a cidade de uma forma poética, fazendo experimentos, mesclando tudo que aprendeu, para assim alcançar as cores do cotidiano belenense. "Acabei mergulhando na fotografia analógica que para mim é como se fosse a vertente poética da escrita da luz = fotografia, e tenho uma característica na minha produção artística, tanto na musica quanto na fotografia que é a ousadia para experimentar".




A paixão de fotografar vem desde a infância, porém seu primeiro contato com fotografia digital ocorreu em 2007, quando fez um curso de edição de imagens. Aprendeu realmente a fotografar observando, pesquisando na internet, assistindo vídeos e conversando com outros profissionais. A oito meses migrou para a fotografia analógica, "É uma relação direta entre o sentimento, a luz e o olhar, uma maneira de exercitar as essências da fotografia no geral: sentir a luz, observar o ambiente além de provar de uma ansiedade unica e que se renova a cada filme revelado." Yan Santos não diferencia fotografar de amar, vendo cada filme fotográfico como um portador de prazer.





quinta-feira, 8 de agosto de 2013

PEC que nos pariu

Imagem retirada da Gazeta do Povo
Vamos ao Diabo! Muito se fala sobre vivermos num país em desenvolvimento. Onde estamos crescendo mesmo? As PEC's vem e vão pelo plenário. Rodando de mão em mão. Como em uma brincadeira de escravos de Jó. Tira. Bota. Deixa o Zambelê ficar. A PEC 206/2012 coitada, vive engavetada. Sem direito a entrar na brincadeira. Enquanto algumas coisas importantes são abandonadas pelo poder publico. Coisas menos importante ainda vem sendo votada. A presidenta sancionou uma lei obrigando a flexão de gênero em diploma. Daora a vida. Não irei mais ser Jornalista. Serei Jornalisto. Com O. Desnecessário. Agora querem incluir o feminicídio no Código Penal. Tem alguma lei pra controlar o nível de sacarose no meu café? Tenho até medo de esperar pela resposta. Antes que eles inventem esse projeto de lei eu vou andando. Vou cantando.